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  • Foto do escritorLelo Brito

FANTASMAS DO CASSINO E IMPERIAL AGITAM LAMBARI


O domingo de carnaval marcou o retorno do desfile da dupla de blocos de rua mais charmosa de Lambari/MG


A FESTA

“Os brasileiros são os verdadeiros britânicos”, cravou Nelson Rodrigues a respeito da falta de rigor nacional para com o relógio. A piada é boa, mas não faz sentido durante o carnaval, a manifestação da cultura popular brasileira levada mais a sério no país. Foi o que se viu no último domingo (19/2), em Lambari/MG. Pontualmente às 16h, a hora marcada, os primeiros foliões do bloco Condomínio Imperial começaram a despontar na portaria do prédio. Vinham se juntar, a poucos passos dali, na Pça. Vivaldi Leite Ribeiro, aos foliões do Fantasmas do Cassino, o bloco do Centro Cultural Vagão 98.


Entre sambas-enredos e marchinhas, os dois blocos, parceiros de outros carnavais, se concentraram em festa à espera da bateria do Terno de Congado Rainha das Águas, da comunidade Vila Nova. Enquanto esperavam, ganharam a companhia de famílias lambarienses e de turistas. Com muitos foliões fantasiados e se maquiando uns aos outros, a concentração tinha os ares descontraídos dos antigos carnavais de rua.

Por volta das 17h30, os ritmistas do Rainha das Águas apontaram na Paradinha Melo, em direção aos blocos. O time contava com Cleusa (chocalho), João Vítor (Tarol), Nis (surdo), Binho (surdo), Elaine Castro (agogô), Mateus Augusto (Surdo), Fábio (surdo) e José Paulo (Tarol). Fantasiados com saiões de chita, camisas e chapéus típicos do terno, eles logo ganharam a companhia de outros foliões-ritmistas com seus instrumentos.

A HOMENAGEM

O Terno de Congado Rainha das Águas, além da bateria, trouxe os estandartes de uma homenagem emocionante. As flâmulas saudavam a memória de três artistas amigos do Vagão 98, que partiram nos duros anos de pandemia. Os homenageados foram Dulce Maggioli, artista plástica que vivia no Condomínio Imperial e é autora de dois painéis em exposição na sede do Vagão 98, o compositor, músico e ex-produtor musical da Rede Globo Chico Botelho e o mestre artesão e escultor Ernani Gregatti, autor de obras construídas com ferragens e peças automotivas. Em nome deles, o Vagão 98 homenageou a memória dos mais de 700 mil brasileiros vitimados pela COVID-19.

AGRADECIMENTOS

A área de concentração dos blocos contou com tendas e banheiros químicos gentilmente oferecidos pela Prefeitura Municipal de Lambari, através do prefeito Marcelo Giovani. O núcleo rítmico do congado foi patrocinado pela Livraria Estação Mercado do Livro, pelo Condomínio Imperial e pela Casa Velha Burguer. A divulgação ficou por conta Rádio Transmineral, por meio do programa No Laço, produzido por Fernando Lemme, com spot produzido e narrado por Andressa Melo. A produção executiva da festa foi da Fundação Cultural Vagão 98. As fotografias foram feitas por Elizabeth Simões, Paulo Guerra e Renata Macedo.

A FESTA EM 2024

Para o carnaval de 2024, o Vagão 98 já tem um projeto de festa de rua aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Ele prevê seis atividades de valorização do carnaval tradicional, que articulam diversas entidades da sociedade organizada lambariense. “Nosso projeto é o de uma festa completa, que alcança públicos de todas as idades e classes sociais, mobiliza artesãos e entidades da cultura popular local e tem potencial para recolocar Lambari no mapa dos grandes carnavais de rua mineiros”, conta Lelo de Brito, diretor do Vagão 98. E convida. “Nos próximos meses buscaremos intensamente a parceria do empresariado de Lambari para realizar o carnaval de 2024. Já temos a proposta de destinação de impostos aprovada pelo Estado, só nos falta sensibilizar as empresas. Junto com elas, a população e os turistas, tenho certeza que vamos fazer uma festa inesquecível no próximo ano.”


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